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Antes de te falar sobre a missão que se tornou meu trabalho, quero te contar um pouco sobre mim e da minha trajetória até me reconhecer doula e educadora de percepção de fertilidade.

De onde tudo começou?

Desde que senti, pela primeira vez, a vontade de algum dia ser mãe (há uns 10 anos atrás) eu pensava que essa seria a função mais importante e de maior responsabilidade da minha vida, então eu precisava entender o que tinha por trás do “ser mãe”.

 

Comecei então a estudar: comunicação não violenta, criação neuro-compatível, criação com apego, e por aí vai. Durante essa busca cheguei em estudos que mostravam a importância da primeira infância na vida de uma pessoa, o impacto dos contextos que vinham desde o nascimento até os dois primeiros 7 anos da criança. Assim entrei no universo da assistência ao nascimento, a recepção respeitosa ao recém-nascido, à mãe durante a gestação e o parto. E descobri que infelizmente a cultura do nascimento não respeita a mãe e nem o bebê. Algum tempo depois comecei a encontrar umas informações de um tal de parto humanizado que alguns profissionais estavam começando a defender.

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Nascia uma doula...

Eu havia descoberto o assunto que eu mais gostava na vida, então eu passei a usar boa parte do meu tempo estudando sobre tudo o que toca o ciclo gravídico-puerperal, o corpo da mulher gestante, anatomia e fisiologia do parto, os aspectos psicológicos e culturais dessa fase. E não parei mais de buscar, ler, estudar sobre tudo isso.

Ao ir me aprofundando em assuntos relacionados me encantei pelo trabalho daquela que se colocava como suporte para uma mulher em uma das fases mais sensíveis, vulneráveis e transformadoras da sua vida: a doula.

 

Acontece que eu sou engenheira de formação, estava fazendo um mestrado (e mais tarde doutorado) em engenharia, então naquela fase época achei que tudo isso que eu aprendia seria para minha vivência individual e familiar, em algum momento no futuro. E segui assim por muito tempo, estudando o universo gravídico-puerperal por hobby.

Aí veio a Percepção de Fertilidade!

Corta pra alguns anos mais tarde. Eu usava pílula anticoncepcional como método contraceptivo até que comecei a saber de casos de mulheres que sofreram eventos trombóticos e AVCs associados ao uso pílula. Alerta ligado! Ao estudar sobre o assunto cheguei às evidências científicas que aprontavam que sim, o AC eleva o risco de eventos desse tipo (e mais tarde entendi que os efeitos colaterais são vastos, não apenas esse).

A médica ginecologista que me acompanhava disse que eu não precisava me preocupar com isso, mas nessa época eu já conhecia a medicina baseada em evidências (por conta dos meus estudos sobre o cenário da assistência humanizada ao parto) e sabia que os profissionais que praticam a MBE são raridade. Decidi que pararia a pílula e não usaria nada que tivesse qualquer tipo de efeito colateral. Me lembrei da percepção de fertilidade que minha mãe praticou durante toda a vida (e eu ignorava, achando que não era pra mim) e fui estudar sobre.

Boom! Um universo novo inteiro se abriu diante de mim e junto com ele um caminho incrível de compreensão, acolhimento, admiração e amor pelo meu corpo. Todo o conhecimento que a percepção de fertilidade me proporcionou aumentou ainda mais o meu encanto pelo corpo feminino e suas potências (que já existia também por conta dos estudos relacionados à gestação e ao parto), elevou minha autoestima, me deu autonomia sobre meu corpo e o cuidado com ele, autoconhecimento, e transformou tudo aqui dentro.  

 

O entendimento sobre o corpo feminino que a percepção de fertilidade me trouxe começou a somar e se costurar no conhecimento sobre o corpo feminino que os estudos sobre gestação e parto me trouxeram. Aí pronto, eu estava quase obcecada por tudo isso e queria contar até pra quem estava atrás de mim na fila da padaria que parto e ciclo menstrual não são sinônimos de sofrimento. 

Era latente em mim que falar sobre tudo isso com um alcance maior e poder, de maneira mais efetiva ajudar outras mulheres a viverem experiências de ciclos menstruais e gravídico-puerperais mais leves, positivos e acima de tudo, confiantes e seguras de si mesmas e da potência dos seus corpos.   

Com o tempo as pessoas mais próximas começaram a me procurar pra tirar dúvidas sobre ciclos menstruais, sobre gestação, parto, até enxoval hahaha... Todo mundo falando que eu estava na profissão errada, que eu devia mesmo trabalhar com mulheres! A essa altura eu também sentia que estava!

E foi assim que decidi mudar o rumo da minha carreira. Logo após a minha defesa de tese de doutorado comecei a atuar como doula e alguns meses depois também como instrutora certificada de Percepção de Fertilidade.


Pessoalmente já são mais de 80 ciclos registrados, mais de 6 anos usando o método para contracepção e monitoramento de saúde,E feliz da vida com a minha escolha.

Formação profissional

Formação de Doula: Unimaterna

Anatomia e Fisiologia do Parto Ampliadas – Levatrice

Oficina Spinning Babies – Spinning Babies®

Hipnoterapia na Assistência Obstétrica – Lúcia Deju

Psicologia do Puerpério – Instituto Aripe

Certificação de Instrutora de Percepção de Fertilidade - FEMM

SIAPARTO 2021 e 2022

Conferência da Humanização 2023

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